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21 de abril de 2014

Walk the Talk

Escreverei com a maior regularidade possível sobre um dos temas que mais me fascina: a Liderança pelo Exemplo. E tanto tenho para partilhar sobre este tema, mas despertou-me para já a atenção este artigo, partilhado pelo Imagens de Marca pela mão de Miguel Caeiro, fundador The Street Brasil, que transcrevo: Atravessando modas efémeras, fenómenos de curta duração e olhando mais à frente, grandes Líderes têm repetidamente demonstrado que existe um caminho de consistência e sucesso. Das áreas da gestão empresarial até à fé (exemplos de Warren Buffett e Papa Francisco), os verdadeiros líderes sabem que é pela força e simbolismo do exemplo que se transformam organizações e se movem multidões. A força do exemplo é muitas vezes esquecida pelos líderes, escondidos nos seus quartéis (leia-se luxuosos gabinetes) de onde emanam lindos discursos, por vezes em forma de powerpoint, esperando que os seus leais súbditos acreditem na palavra de quem pouco conhecem e acima de tudo de quem muitas vezes emite sinais contraditórios ao discurso. Como se pode ter um discurso de crise ou iniciar um processo de despedimento se chega à empresa num carro topo de gama, ou se em simultâneo decide renovar a frota da Direcção? Como é credível motivar uma força de vendas e ultrapassar objectivos se na vida privada consome produtos da concorrência? Como se pode exigir responsabilização se o topo da empresa recebe bónus independente de atingir os resultados? Como ter o respeito e reconhecimento dos funcionários se nem o nome daqueles que interagem diariamente são conhecidos? No ano de 2014, qualquer pessoa anónima é um repórter no activo, trabalhando para a grande corporação de media chamada Redes Sociais, S.A. (seja na versão Facebook, Twitter, Instagram ou qualquer outra), pelo que um líder já não consegue resumir a sua actuação no horário comercial 9h/18h ou quando os flashes estão ligados, hoje vivemos num mundo 24/7 em que todos os gestos, atitudes e comportamentos são magnificados pela lente de qualquer um que observe, fotografe, filme, relate e partilhe, criando fenómenos vulgarmente chamados de virais. O domínio com mestria deste novo mundo é aliás um novo toque de Midas dos dois exemplos que escolhi para ilustrar este tópico: Warren Buffett e Papa Francisco. Warren Buffett tem uma longa vida de exemplo de simplicidade, humildade e consistência num percurso daquele que é repetidamente o homem mais rico do mundo. Não é por acaso que a convenção anual de acionistas da sua empresa é um dos eventos mais concorridos dos EUA, comparável a uma final desportiva ou concerto musical. A excelente biografia “Snow Ball” revela detalhes e episódios que espantam qualquer gestor comum pela dose de humildade, simplicidade e força da mensagem. O pequeno e simples escritório de Omaha de onde gere o seu mundo empresarial é o exemplo vivo da sua simplicidade, bem como o orgulho com que descreve o seu inicio de carreira a distribuir jornais pela sua cidade, amealhando os seus primeiros dólares. Já o Papa Francisco conseguiu em menos de um ano algo que seria inimaginável mesmo para os católicos (onde para assumir visão parcial me incluo), iniciar a agilização e transformação de uma organização secular, engessada e com o peso da história, através da utilização sábia e focada dos media modernos enquanto lente amplificadora da sua mensagem. A sua mensagem já não nos chega só pela interpretação dominical do Padre de cada Paróquia. A sua mensagem chega e toca a todos, Católicos e não Católicos, através das noticias dos seus pequenos grandes gestos, do seu exemplo de simplicidade, humildade, das suas atitudes inusitadas e inesperadas, pela espontaneidade do seu comportamento e pela força incrível do seu sorriso. A força dos seus pequenos grandes exemplos criaram um novo orgulho de pertencer, uma nova força evangelizadora que se multiplica a cada dia e que traz Jesus para o quotidiano das pessoas, saíndo das Igrejas e entrando nos empregos, nas casas, nos relacionamentos, cativando as novas gerações. Nas celebrações desta Páscoa o Papa exortou o clero de Roma, e também todos os Padres da Igreja, a serem alegres. A força desta mensagem circulou por todo o mundo em menos de 3 horas, alterando comportamentos e trazendo uma nova alegria para as cerimónias em milhares de Igrejas. Já Benjamin Franklin dizia: “well done is better than well said”.
Boas Vendas e... dê o exemplo!

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